terça-feira, 22 de junho de 2010

Peixe Vivo completa três anos e inicia novo ciclo de consultas públicas

O Programa Peixe Vivo, criado pela Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig para preservar as espécies nativas de peixes das bacias hidrográficas onde a Empresa tem usinas, completa três anos no final de junho. Lançado na abertura da Semana do Meio Ambiente da Companhia em 2007, o Programa desenvolveu soluções e tecnologias de manejo para a preservação das espécies nativas de peixes, beneficiando a comunidade que utiliza os recursos hídricos como fator de desenvolvimento.

A primeira iniciativa foi a realização de oficinas com pesquisadores, representantes de ONGs e órgãos públicos, pescadores e representantes da sociedade com o objetivo de colher propostas para a melhoria e preservação da ictiofauna em Minas Gerais. No segundo semestre de 2010, será realizado um novo ciclo de consultas com os mesmos públicos que participaram, em 2007, e com os representantes da comunidade e dos centros de pesquisa das bacias dos rios Jequitinhonha, Grande e Paranaíba.

As consultas auxiliarão na definição das melhores alternativas de preservação da ictiofauna nativa no Estado, que serão incorporadas às diretrizes da política ambiental da Cemig.

Três pilares

O Peixe Vivo divide sua atuação em três frentes: os programas de conservação da ictiofauna e bacias hidrográficas, a produção de conhecimento científico para subsidiar esses programas e a promoção do envolvimento da comunidade nas atividades previstas.

Os programas de conservação prevêem ações voltadas à conservação das bacias hidrográficas, como a implantação de sistemas de transposição de peixes, o repovoamento com espécies nativas, restauração de habitats críticos, ações preventivas na operação de usinas, reflorestamento, dentre outras. Esses programas devem garantir que a intervenção humana seja pautada pelas melhores estratégias disponíveis para conservação de peixes.

Parcerias

Para criar estratégias mais eficientes e subsidiar os programas de conservação, a Cemig promoveu parcerias com centros de pesquisa para aquisição de conhecimento científico. O objetivo é garantir um aumento exponencial de informações sobre a biologia, ecologia, fisiologia e comportamento das espécies nativas de peixes, sobre a qualidade da água e controle de espécies invasoras e quanto à preservação e recomposição da vegetação ciliar.

Parte dos projetos é desenvolvida junto ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica e parte com recursos próprios da Empresa. Alguns dos projetos são inovadores, como o desenvolvimento de índices de integridade biótica, envolvendo especialistas internacionais e nacionais da Universidade Federal de Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerias e Universidade Federal de Lavras, na avaliação da qualidade ambiental de habitats para subsidiar a sua restauração.

A Empresa também promove o envolvimento da comunidade no Programa, além de divulgar os resultados gerados e estabelecer canais de comunicação com o público, garantindo a transparência das atividades. Também são realizadas atividades de educação ambiental em todo o Estado e parcerias em projetos como o Versol, que atende 150 crianças e jovens entre 9 e 24 anos por semestre, em Três Marias, com aulas de educação complementar, iniciação profissionalizante e esportiva em parceria com o Projeto Grael, coordenado pelos irmãos Torben, Axel e Lars Grael.

Segundo o gerente de Ictiofauna e Programas Especiais da Cemig, Newton Prado, o Peixe Vivo conseguiu integrar o conhecimento adquirido junto aos pesquisadores com os procedimentos de geração de energia, criando inclusive dispositivos de preservação. “A participação da comunidade também foi essencial nesse processo, engrossando os esforços do programa. Em espaços como o Centro de Ictiologia de Volta Grande, que será uma referência nacional em pesquisas sobre a ictiofauna, a população poderá conhecer ainda mais sobre o que está sendo feito para preservar a vida dos peixes em Minas”, conclui.

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