Programa
investe em pesquisa e integração com comunidades
O
Programa Peixe Vivo, criado pela Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig
para preservar as espécies nativas de peixes das bacias hidrográficas onde a
Empresa tem usinas, completa cinco anos no mês de junho. Nesse período, o
programa tem desenvolvido soluções e tecnologias de manejo para a preservação
das espécies nativas de peixes, beneficiando as comunidades que utilizam os
recursos hídricos como fator de desenvolvimento.
Ao
longo dos anos, os resultados alcançados pelo Peixe Vivo expressam os estudos,
pesquisas e ações desenvolvidas com os diversos públicos, entre eles,
pesquisadores e a comunidade. A partir de 2007, ano de implantação do programa,
foi observada redução de 87% na mortandade de peixes nas usinas da Cemig. Os
impactos reduziram a quase zero, principalmente durante as operações de
manutenção das hidrelétricas.
De
acordo com João de Magalhães Lopes, analista de Meio Ambiente da Cemig, uma das
maiores forças do Peixe Vivo é a colaboração. “As parcerias firmadas com
diversos setores interessados na preservação dos peixes em Minas Gerais são
fundamentais para o fortalecimento das ações e projetos desenvolvidos.”
Atuação
O
Peixe Vivo divide sua atuação em três frentes: os programas de conservação da
ictiofauna e bacias hidrográficas, a produção de conhecimento científico para
subsidiar esses programas e a promoção do envolvimento da comunidade nas
atividades previstas.
Os
programas de conservação preveem ações voltadas à conservação das bacias
hidrográficas, como a implantação de sistemas de transposição de peixes, o
repovoamento com espécies nativas, restauração de habitats críticos, ações
preventivas na operação de usinas e reflorestamento. Esses programas devem
garantir que a intervenção humana seja pautada pelas melhores estratégias
disponíveis para conservação de peixes.
Atualmente,
na produção de conhecimento científico, estão em andamento mais de 12 projetos
de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e outros quatro em fase de contratação.
O objetivo é garantir um aumento de informações sobre a biologia, ecologia,
fisiologia e comportamento das espécies nativas de peixes, sobre a qualidade da
água e controle de espécies invasoras, além da preservação e recomposição da
vegetação ciliar.
Para
Newton Prado, gerente de Ictiofauna e Programas Especiais da Cemig, o Peixe
Vivo conseguiu integrar o conhecimento adquirido junto aos pesquisadores com os
procedimentos de geração de energia, criando inclusive dispositivos de
preservação. “Os resultados obtidos até hoje dão segurança na operação e
manutenção das usinas em relação ao manejo da ictiofauna, além de reduzir,
consideravelmente, o risco ambiental. A participação da comunidade também tem
sido essencial nesse processo, dando respaldo nos esforços realizados pelo
programa.”
Transparência
A comunidade tem papel fundamental
nas ações do Peixe Vivo. A Cemig divulga os resultados gerados e estabelece
canais de comunicação com a população local, garantindo a transparência das
atividades. Também são realizadas atividades de educação ambiental em todo o
Estado. Ao longo desses cinco anos, mais de 8.800 crianças e adolescentes
participaram das atividades promovidas pelo Peixe Vivo.
Além disso, são desenvolvidas
parcerias em projetos como o Versol, que atende, por semestre, 150 crianças e
jovens entre 9 e 24 anos, no município de Três Marias. Eles recebem aulas de
educação complementar, iniciação profissionalizante e esportiva em parceria com
o Projeto Grael, coordenado pelos irmãos Torben, Axel e Lars Grael.
Nas estações de piscicultura de
Volta Grande, Machado Mineiro, Itutinga, Leopoldina, Três Marias e Gorutuba, a
Cemig desenvolve atividades relacionadas à soltura de alevinos nos rios em que
há usinas da Empresa. Em cada estação, a Cemig trabalha em parceria com
instituições de ensino, sendo o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG) parceiro em Machado Mineiro, a
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Leopoldina e a
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba nas
estações de Três Marias e Gorutuba. O peixamento envolve a comunidade local e
dissemina conceitos sobre educação ambiental.