segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cemig e UFRRJ desenvolvem cabos supercondutores de energia


Reduzir as interrupções no fornecimento de energia elétrica, garantir a eficiência energética, diminuir a poluição visual nos grandes centros urbanos.
Essas são as principais vantagens da utilização dos cabos supercondutores – CSCs, uma nova tecnologia a ser desenvolvida no Brasil pela Cemig, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, as empresas Taesa e TBE, do Grupo Cemig, e a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – CTEEP.

O projeto de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D é pioneiro no País na aplicação da tecnologia de construção de cabos supercondutores de alta temperatura para sistemas elétricos e configura-se como um marco tecnológico. Um único CSC trifásico poderá despachar, no mínimo, três vezes mais potência que um cabo de energia convencional, possibilitando, por exemplo, a substituição de 9 a 12 cabos tradicionais por um único supercondutor.

Os cabos também poderão reduzir o acúmulo de circuitos na rede, ocupar um espaço físico muito menor nos grandes centros urbanos e garantir a eficiência energética, principalmente, por meio da redução considerável da perda de energia. Além disso, a tecnologia vai possibilitar o aumento da capacidade de transmissão de energia e, graças à blindagem e à robustez do sistema, a diminuição do efeito de campo elétrico magnético e das interrupções no fornecimento, respectivamente.

Os cabos supercondutores encontram-se em fase pré-comercial nos EUA e China, por meio de protótipos que operam em redes de distribuição e linhas de transmissão, e passam por testes em laboratórios na União Europeia, no Japão e na Coreia do Sul. A versão mais utilizada são os cabos CSCs subterrâneos, embora a opção pela rede aérea possa ser mais viável economicamente.

Pesquisa e Desenvolvimento

A previsão de realização do projeto é de quatro anos, e o protótipo do cabo supercondutor será implementado em uma subestação de distribuição de energia de 69 kV, na área de concessão de Cemig. No total, serão investidos R$ 13 milhões no desenvolvimento da tecnologia.

O primeiro ano da pesquisa contempla a ampliação da infraestrutura dos laboratórios da UFRRJ; o segundo e o terceiro ano abordam o desenvolvimento do projeto e a montagem do protótipo; o quarto ano, por sua vez, a implementação do supercondutor em campo.

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